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terça-feira, 27 de julho de 2010

ANIVERSÁRIO DO PLANO REAL

Em julho de 2010 o Plano Real completou 16 anos. E em comemoração a esse verdadeiro marco histórico, o HISTÓRIA X ATUALIDADE está disponibilizando uma reportagem sobre jornalismo econômico e sobre os altos e baixos economia do país:


Vladimir Brandão fala de jornalismo econômico e sobre a história das finanças do Brasil nas últimas décadas
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Por: Bruno Farias
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O jornalista especializado em economia Vladimir Brandão nos deu uma verdadeira palestra sobre a área na qual trabalha. Apesar de ser tão importante, o tema costuma ser pouco valorizado pelos leitores em geral. E falou também sobre a trajetória econômica do país.

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Brandão explicou o significado de alguns jargões utilizados nesse ramo, como por exemplo a diferença entre MACRO e MICROECONOMIA: enquanto a primeira trata mais dos instrumentos manipulados pelo governo para influenciar as finanças do país (as taxas de juros e as políticas tributária e industrial, entre outros), a segunda trabalha mais com a atuação das empresas privadas, do empreendedorismo e das inovações em suas gestões. Falou também sobre o PIB, sigla que significa “Produto Interno Bruto”, toda a riqueza que foi produzida no país em um determinado ano.

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Formado pela UFSC, Brandão iniciou sua vida profissional logo no início do curso, em 1992, no jornal "Expressão", e logo foi promovido a editor do periódico onde permaneceu até o fim da década de 1990. Depois, já em nível nacional, passou a escrever para a editoria de economia da revista "Época", da editora Globo. Além de produzir textos em free-lance para diversas outras publicações como, por exemplo, a revista "Globo Rural", que passou a lançar textos sobre economia só depois que o autor começou a fornecer trabalhos para ela.

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Além de reportagens, o autor também escreve relatórios e livros para empresas, geralmente sobre a história e o crescimento das mesmas no mercado. Ele, que não passou por nenhuma especialização formal sobre o assunto, lamenta a falta de interesse do grande público por essas questões: “A economia influencia na vida das pessoas, mas mesmo assim elas não se interessam... É uma das editorias menos lidas...

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Depois de contar sobre sua própria trajetória profissional, Brandão falou também a respeito da história do jornalismo econômico no Brasil durante as últimas décadas. O assunto ganhou suas primeiras editorias criadas apenas nas décadas de 1950 e 1960. Somente no final dessa última é que foi criada a revista "Exame" e, bem depois, no fim dos anos 70, surgiu a "Gazeta Mercantil" - as duas principais publicações do país a tratarem sobre o assunto.

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O jornalista explicou sobre as mudanças na economia do país nas últimas décadas, começando pelo milagre econômico pelo qual o Brasil passou durante a Ditadura Militar. Nesse período, ainda nos anos 70, Produto Interno Bruto brasileiro crescia aproximadamente 10% ao ano – fato atribuído por Brandão à tecnocracia, quando os ministérios eram controlados por pessoas especializadas em determinadas áreas técnicas.

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Depois, na década de 1980, os brasileiros sofreram uma séria crise inflacionaria e, nesse período que se extendeu até os anos 90, ocorreu uma abertura econômica no país que contou com inúmeras privatizações, uma enorme reestruturação produtiva. De acordo com Brandão, nessa época o PIB do Brasil diminuiu, dentro de uma média de entre 5 e 6% ao ano.

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O autor também deu uma explicação "economicamente plausível" para o recolhimento das poupanças durante gestão do ex-presidente Fernando Collor de Mello: na época os brasileiros estariam controlando grandes somas de dinheiro (explicando mais tecnicamente, havia uma quantia muito grande de moeda em circulação), e isso estava fazendo com que os preços subissem demais. Numa medida arbitrária, o governo confiscou o dinheiro guardado na conta dos contribuintes justamente para fazer com que os preços baixassem... Explicação que, apesar de ser muito bem fundamentada, não costuma ser bem aceita pelos correntistas e o acontecimento até hoje desperta um sentimento de revolta em muita gente.

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Sobre a crise econômica que assustou o mundo em 2008, Brandão a atribuiu à imprudência e à ganância de algumas pessoas que trabalham no setor financeiro. Naquele ano, quando o PIB foi de -4% (ou seja, ao invés de crescer, diminuiu 4%), os agentes econômicos chegaram a perder a capacidade de fazer projeções. Mas, atualmente, o Brasil parece estar indo em direção a um nível de desenvolvimento nunca antes visto. Agora nos resta aguardar por essa maravilhosa fase que está pra chegar, esperamos, dentro em breve.

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