História X Atualidade: Cemitério cheio no Dia de Finados em Pelotas

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cemitério cheio no Dia de Finados em Pelotas

Por: Bruno Farias - Fonte: Site do jornal Zero Hora (03/11/2010)

"Muita gente compareceu ao Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, em Pelotas, no dia 2 de novembro. Tudo isso para homenagear os entes que já se foram, para fazer promessas ou simplesmente com o intuito de apreciar os inúmeros exemplos de arte fúnebre existentes no local.

Foi celebrada uma missa sob uma tenda montada especialmente para o feriado, já que a capela de 1880 existente na parte antiga do cemitério está em ruínas, com o telhado desmoronando. E um espaço especial para a colocação de velas foi preparado junto ao muro que divide as partes antigas e novas do campo santo.

A Brigada Militar esteve presente no local durante todo o dia. Além de uma equipe especial de seguranças que manteve a paz e a ordem para que as homenagens ocorressem sem problemas, e de funcionários que ficaram à disposição dos visitantes para auxiliá-los no caso de haver necessidade.

Um dos locais mais visitados do cemitério foi o túmulo da Cigana Terena, que muitos acreditam realizar milagres e atender pedidos e promessas.

A parte do cemitério onde existe uma maior concentração de arte fúnebre, local onde estão os jazigos e mausoléus de grandes nomes da história da cidade, também recebeu um número grande de curiosos."

"Devido à segurança reforçada durante o feriado, as pessoas foram também a partes do campo santo que, normalmente, costumam ser menos visitadas (Bruno Farias)"

"Uma tenda teve que ser montada para a celebração de rituais religiosos, já que a capela de 1880 existente na parte antiga do cemitério está em ruínas, com o telhado desmoronando (Bruno Farias)"

"A parte antiga do campo santo, onde estão os túmulos de grandes nomes da história pelotense, também foi bastante visitado / Bruno Farias"

"Cemitério cheio no Dia de Finados em Pelotas/RS (Bruno Farias)"

"A Cigana Terena, que muitos acreditam realizar milagres, foi uma das pessoas mais homenageadas do cemitério no dia de ontem (Bruno Farias)"

"A arte fúnebre vista nas sepulturas da parte antiga do cemitério foi muito apreciada pelos visitantes (Bruno Farias)"

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Conheça o Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, em Pelotas/RS, sua capela de 1880 e os túmulos e mausoléus de alguns dos mais importantes personagens da história da cidade

Por: Bruno Farias (03/11/2010)

De acordo com Fernando Luís Osório, em seu livro "A Cidade de Pelotas" (1922), o Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula foi inaugurado em com uma vítima de cholera morbus no dia 09 de novembro de 1855, 155 anos atrás.

Nesse mesmo ano os mortos deixaram de ser sepultados no cemitério antigo, que ficava na quadra entre a Avenida Bento Gonçalves, a Andrade Neves, a General Osório e um campo que ali havia na época.

Na época os cadáveres velados na Matriz eram levados até ali a pé para serem sepultados, conforme conta Osório: "Em 1870 ou 1871, foi demolido o antigo cemitério, e os despojos mortais nêle existentes foram nessa ocasião removidos para o atual Avenida 20 de Setembro", hoje chamada de Duque de Caxias.

Dez anos depois, em 1880 (conforme consta na fachada do prédio), foi construída a capela existente na parte antiga do cemitério do Fragata. Hoje, em 2010, o local está fechado e seu telhado está desabando.

Na parte antiga do cemitério, onde está localizada a capela, também existem inúmeros jazigos e mausoléus e importantes personagens da história pelotense, como o Coronel Alberto Rosa, o Barão de Santa Tecla, o Coronel Anníbal Antunes Maciel e outros, geralmente com suas família.

Os exemplos de arte fúnebre existentes no campo santo costumam atrair visitantes que admiram a opulência e a ostentação de alguns membros da sociedade pelotense, representadas em suas sepulturas.

ACIMA: A área demarcada em vermelho, na quadra ao lado da Praça Júlio de Castilhos. ABAIXO: O Cemitério São Francisco de Paula, no bairro Fragata, para onde foram transferidos os despojos do cemitério antigo em 1870 ou 1871. (Google Mapas)